Mauro Cid responderá a questionamentos sobre as reuniões que presenciou entre Bolsonaro, Carla Zambelli e o hacker Walter Delgatti
Geraldo Magela/Agência Senado/Flickr
Mauro Cid responderá a questionamentos sobre as reuniões que presenciou entre Bolsonaro, Carla Zambelli e o hacker Walter Delgatti

Os dados obtidos da quebra do sigilo bancário de Mauro Cid, por solicitação da CPI, indicam que em agosto de 2022, antes das eleições presidenciais, ele depositou R$ 475 mil em um fundo de investimentos. Pouco mais de dois meses depois, retirou R$ 80 mil. Essas foram as únicas transações em 2022.

As movimentações financeiras devem pautar o próximo depoimento do militar aos  parlamentares, segundo a relatora senadora Eliziane Gama (PSD-MA). 

"Há uma expectativa de que o senhor Mauro Cid, nessa reconvocação, possa explicar em detalhes não só essas movimentações financeiras, como outras situações ainda não esclarecidas envolvendo toda a ajudância de ordens da presidência da República na gestão de Bolsonaro. De joias a empreitada golpistas, há muito a ser esclarecido pelo militar.", disse a senadora. 

No início de 2023, quando ainda estava em liberdade, ele retirou R$ 234 mil. Entretanto, Mauro Cid foi preso em 3 de maio no contexto das investigações sobre a falsificação de cartões de vacinação de Jair Bolsonaro. Mesmo após sua prisão, em 9 de maio, foram retirados R$ 15 mil, e uma semana depois, R$ 100 mil foram sacados do fundo.

Outra retirada de dinheiro ocorreu em 2 de junho, depois de sua prisão, no valor de R$ 71 mil, deixando o saldo zerado desde então.

Mauro Cid, que permanece detido, trocou de advogado duas vezes à medida que as investigações progrediam. Sua defesa está considerando a possibilidade de uma delação premiada para proteger seu pai, Mauro Lourena Cid, envolvido nas investigações das joias sauditas vendidas por pessoas associadas a Cid e ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Recentemente, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) detectou movimentações suspeitas de cerca de R$ 4 milhões envolvendo o pai de Cid, um valor muito acima de seus rendimentos anuais. Movimentações financeiras de Cid, seu tio (João Norberto Ribeiro) e sua filha também foram identificadas. Antes de ser preso, Mauro Cid admitiu ser responsável pelas finanças do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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