A apreensão de quatro celulares pertencentes ao advogado Frederick Wassef, defensor da família Bolsonaro, pela Polícia Federal em 16 de agosto, tem gerado preocupações entre os aliados próximos do clã bolsonarista. As especulações sobre o que os investigadores poderiam descobrir nos aparelhos confiscados estão em destaque, especialmente em relação ao caso das joias sauditas.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), expressou publicamente sua falta de preocupação com a apreensão dos celulares de seu advogado. Em resposta às alegações de que Frederick Wassef poderia ter gravado conversas e reuniões com membros da família do ex-chefe do Executivo federal, Flávio divulgou um vídeo negando essas acusações.
“Eu confio 100% na capacidade e na lealdade do Wassef e não tenho absolutamente nada, nenhuma razão para me preocupar com ele. Muito pelo contrário, sempre deu demonstrações e provas da sua competência e da sua lealdade", afirmou o parlamentar.
No vídeo, Flávio refuta a ideia de que Wassef teria registrado diálogos com ele, seu pai e outras pessoas próximas. O próprio advogado compartilhou o vídeo em suas redes sociais, afirmando que possui meios para "provar" que não realizou gravações. No entanto, até o momento, não foram oferecidos detalhes sobre como o advogado pretende apresentar essa prova.
A suspeita de que Frederick possa ter gravado conversas com Bolsonaro, Flávio ou mesmo com Fabrício Queiroz, antigo assessor da família, está gerando preocupações no círculo mais próximo do ex-presidente. Além disso, há receios de que figuras do Judiciário e do Ministério Público possam ter sido gravadas em eventuais diálogos capturados nos celulares confiscados.
As autoridades responsáveis concluíram a extração dos dados dos celulares de Wassef e, neste momento, estão em processo de análise das informações obtidas.