O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, convocado novamente para prestar depoimento nesta quinta-feira (24) na CPI das Pirâmides Financeiras, não compareceu mais uma vez. A presidência da CPI determinou a condução coercitiva do ex-jogador, por se tratar da segunda ausência na comissão.
Por tratar-se de uma convocação, Ronaldinho não poderia ter se ausentado. A condução coercitiva se caracteriza, na prática, pelo emprego da força policial para garantir a presença do ex-atleta na comissão. O relator da comissão, Ricardo Silva (PSD-SP), disse que Ronaldinho apresentou uma justificativa que não atende às prerrogativas legais.
"Nós remarcamos a data com a afirmação de que a ausência iria trazer a essa comissão como única saída o pedido de condução coercitiva e é isso que a presidência desta CPI está determinando nesta manhã", disse Silva. "Tivemos voos que pousaram em Brasília às 7 da manhã. Mesmo que não tivesse esse argumento de não ter o voo, não é um argumento amparado pela Lei".
Os parlamentares têm interesse em ouvir Ronaldinho devido a sua sociedade em uma empresa que arbitrava venda de criptomoedas, prometendo rendimentos de 2% ao dia. A empresa bloqueou contas e não pagou seus investidores. Em 2020, Ronaldinho se tornou réu em uma ação coletiva, que pede R$ 300 milhões em prejuízos aos investidores.
Roberto Assis, irmão e empresário de Ronaldinho, negou qualquer envolvimento com a empresa e disse que ele e o ex-jogador foram vítimas no caso. "Meu irmão não é e nunca foi sócio da empresa", disse.