No domingo (20), Paulo Cezar Bitencourt, advogado de Mauro Cid, declarou que seu cliente permanecerá em silêncio caso seja novamente convocado para depor na CPMI dos Atos Golpistas. Em julho, o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) participou da comissão, mas optou por não responder a nenhuma pergunta feita pelos parlamentares.
“[Se convocarem o Cid] é só para exposição. Só para aparecerem. Porque ele vai fazer mesma coisa o que ele fez. Só um pouquinho diferente [ele deve responder] ‘qual seu nome’, ‘estado civil’, ‘onde nasceu'”, declarou Cezar Bitencourt ao site Poder360.
Com as recentes informações que surgiram, acusando Cid de ter negociado um relógio de luxo da marca Rolex em junho do ano passado, senadores e deputados discutem a possibilidade de reconvocar o ex-ajudante de ordens para depor novamente perante a CPMI.
O advogado de Mauro Cid esclareceu que não implicou o ex-presidente Bolsonaro no episódio das vendas de joias nos Estados Unidos. Ele afirmou que não busca transferir a responsabilidade para terceiros, inclusive o ex-presidente, e que não tem interesse nesse tipo de abordagem.
Bitencourt compartilhou que os processos envolvendo Cid possuem extensas mais de cinco mil páginas, e ele tem dedicado tempo para analisá-los. O advogado ressaltou que está estudando cuidadosamente o caso e que não tem pressa em determinar qual será a estratégia de defesa a ser adotada.
No que diz respeito a Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens, o advogado afirmou que ele não tem nenhuma responsabilidade nas denúncias. Bitencourt relatou que o general apenas emprestou sua conta bancária para que o filho pudesse realizar depósitos.
Nesta segunda-feira (21), Paulo Cezar Bitencourt agendará uma audiência para se reunir com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.