O hacker Walter Delgatti Neto compartilhou nesta quinta-feira (17) informações à CPMI dos Atos Golpistas. O problema que alguns relatos não foram ditos à Polícia Federal na quarta (16), o que fez o órgão convocá-lo para um novo depoimento na sexta (18).
À PF, Delgatti reconheceu o recebimento de R$ 40 mil de Carla Zambelli (PL-SP) para acessar sistemas judiciários e que a deputada lhe forneceu conteúdo relativo a um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.
Porém, Delgatti não falou aos investigadores a promessa de indulto por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), caso ele fosse detido por atividades relacionadas às urnas eletrônicas.
Também não mencionou a promessa de emprego feita por Zambelli durante a campanha do capitão da reserva, sobre uma escuta ilegal no ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), a afirmação de que Duda Lima, marqueteiro de Bolsonaro, solicitou um "código-fonte" falso para evidenciar fragilidades nas urnas (negado por Lima), e que instruiu funcionários do Ministério da Defesa na criação de um relatório sobre urnas.
As autoridades da PF estão buscando obter mais informações sobre os indivíduos com os quais Delgatti teve contato durante sua visita ao Ministério da Defesa. As informações são das colunistas Andréia Sadi e Julia Duailibi, GloboNews .
Atualmente detido desde 2 de agosto por sua suposta participação na invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça, Delgatti se tornou amplamente conhecido em nível nacional em 2019, ao vazar mensagens de diversas autoridades ligadas à operação Lava Jato. O caso deu origem à operação Spoofing, que é conhecida por sua amplitude e popularmente chamada de "Vaza Jato".