Hacker Delgatti é convocado pela PF para prestar novo depoimento

Hacker Delgatti terá que prestar novas informações à Polícia Federal

Foto: Reprodução / TV Senado - 17.08.2023
Hacker Walter Delgatti Neto depondo à CPMI do 8 de Janeiro


A Polícia Federal emitiu uma nova convocação para que o hacker Walter Delgatti seja ouvido novamente, agendado para a próxima sexta-feira (18). Delgatti já havia prestado depoimento na quarta (16), alegando ter recebido R$ 40 mil da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para executar invasões em sistemas do Poder Judiciário. Essa acusação é negada pela parlamentar.

As autoridades da PF estão buscando obter mais informações sobre os indivíduos com os quais Delgatti teve contato durante sua visita ao Ministério da Defesa. As informações são das colunistas Andréia Sadi e Julia Duailibi, GloboNews .

Atualmente detido desde 2 de agosto por sua suposta participação na invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça, Delgatti se tornou amplamente conhecido em nível nacional em 2019, ao vazar mensagens de diversas autoridades ligadas à operação Lava Jato. O caso deu origem à operação Spoofing, que é conhecida por sua amplitude e popularmente chamada de "Vaza Jato".

A PF resolveu chamar o hacker para depor novamente por conta do seu depoimento à CPMI dos Atos Golpistas. Ele trouxe à tona nesta quinta (17) informações que implicam diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) em uma série de atividades controversas.

Durante seu depoimento, Delgatti declarou que Bolsonaro teria oferecido um indulto em troca de seus esforços para manipular as urnas eletrônicas e colocar em dúvida a legitimidade das eleições. Além disso, o hacker afirmou ter recebido sugestões para participar de escutas ilegais envolvendo o ministro Alexandre de Moraes.


Segundo o depoente, ele se reuniu com o ex-presidente no Palácio do Alvorada e posteriormente no Ministério da Defesa, onde detalhes técnicos dessas atividades foram discutidos.

Delgatti admitiu que conseguiu comprovar à Polícia Federal sua participação na invasão ao CNJ, levando à inserção de um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. A informações foi dada pela GloboNews.