MP acusa três por morte de PM no Guarujá; dois foram responsabilizados

Segundo o Ministério Público, homens responderão pela morte, tráfico de drogas e por tentativa de homicídio; condenação pode representar 65 anos de prisão

Foto: Reprodução
Policial Patrick Bastos Reis, da Rota, foi baleado e morto quanto fazia patrulhamento no Guarujá (SP)

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou três homens pelo assassinato do soldado da Rota, Patrick Bastos dos Reis, no Guarujá, no interior de São Paulo. A denúncia, oficializada nessa terça (7) após a Polícia Civil finalizar a investigação, responsabilizou dois deles por "não terem impedido o crime", segundo o inquérito policial que embasou a decisão.

O inquérito da Polícia Civil confirmou que Erickson David da Silva, o Deivinho,  foi o autor do disparo que matou o policial militar. Ele foi identificado como "segurança" de um ponto de venda de drogas na região.


O relatório final indica que Marco Antonio de Assis Silva e Kauã Jazon da Silva, irmão de Deivinho, sejam indiciados por homicídio por não terem impedido o autor de atirar. O texto cita a participação dos dois junto ao tráfico local para justificar a decisão.

Deivinho foi preso após ser apontado como suspeito de ter atirado em Patrick Reis. Ele nega a participação no crime. Na região, que foi tomada por uma ação ostensiva denominada Operação Escudo, uma onda de assassinatos ocorreram.

As forças de segurança apontam para as ocorrências como resultado do conflito, enquanto alguns moradores relatam execuções e tortura. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou, até o momento, 16 mortes no local.