A Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPMI) do dia 8 de janeiro convocou o hacker Walter Delgatti Neto para prestar esclarecimentos. Havia quatro solicitações de deputados para o comparecimento de Delgatti Neto. Os requerimentos foram aprovados na sessão desta quinta-feira (3), após o presidente da Comissão, o deputado federal Arthur Maia (União-BA), aderir aos pedidos dos deputados Rogério Correia (PT-MG), Duarte Junior (PSB-MA), Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e da relatora, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
Além de Delgatti, foram convocados a soldado Marcela Pinno, jogada de uma altura de cerca de três metros durante os atos antidemocráticos em janeiro; Cíntia Queiroz, coronel da Polícia Militar do Distrito Federal e ex-subsecretária de Operações da Secretaria de Segurança Pública do DF; e o sargento Luís Marcos dos Reis, antigo supervisor da Ajudância de Ordens da Presidência da República.
Delgatti relatou à Polícia Federal (PF) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) perguntou a ele se era possível invadir as urnas eletrônicas, em agosto de 2022, conforme depoimento. A operação mira em Delgatti e na deputada Carla Zambelli (PL-SP) – a parlamentar foi alvo recente de mandados de busca e apreensão.
Conhecido por "hackear" o celular de autoridades da Operação Lava Jato, Delgatti informou à PF que Carla Zambelli e ele mantiveram contato, indicando um possível relacionamento de trabalho, no qual Delgatti recebia pagamentos para execução dos serviços virtuais.