A Polícia Federal já tem em mãos os nomes de outros intermediários dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Nesta semana, a PF pediu autorização judicial para vasculhar a casa de seis alvos em busca de provas que possam ajudar nas investigações do caso.
A ação é parte da Operação Élpis, deflagrada na última segunda-feira (24) e que prendeu o ex-sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Correa.
As informações são do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo .
Conforme o jornalista, a expectativa do comando da PF é concluir a investigação do caso ainda este ano, ou seja, chegar no nome do mandante do crime.
Nessa quarta (26), o ministro da Justiça e da Segurança, Flávio Dino, disse que terão novidades sobre o caso de Marielle nas próximas semanas. A fala se deu após a delação premiada do ex-policial militar Élcio de Queiroz, que confessou que o também ex-PM, Ronnie Lessa, atirou contra a parlamentar e o motorista.
"Agora, nós temos uma orientação clara, a Polícia Federal, que trabalha com independência técnica, de ter todos os cuidados legais para garantir uma investigação bem feita. E essa investigação bem feita indica que só há revelação do conteúdo de uma delação ou colaboração premiada quando há a chamada prova de confirmação ou de corroboração. Então, a partir da narrativa de um dos autores, que é o senhor Élcio (de Queiroz), há a produção de outras provas que confirmam aquilo que ele está narrando, que está afirmando", disse Dino no programa "Bom dia, ministro".
"Então, a Polícia Federal, e o Ministério Público estão trabalhando nesse momento, há outros anexos na delação. Nas próximas semanas, com certeza, vamos avançar ainda mais. Eu não posso prever porque eu não tenho conhecimento dos autos, porque não é meu papel."
Delação premiada
O ministro Flávio Dino afirmou na segunda-feira (24) que Élcio Queiroz, réu por envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco, após revelar mais informações do crime em delação premiada, terá benefícios em razão do acordo, mas permanecerá preso.
As investigações, porém, seguem para chegar aos possíveis mandantes do crime, e levarão "sem dúvida" aos mandantes do assassinato de Marielle Franco, afirmou o ministro na coletiva.