Flávio e Carlos Bolsonaro, filhos de Jair Bolsonaro (PL), criticaram a divulgação de dados referentes a transferências bancárias feitas à conta do ex-presidente da República entre janeiro e julho deste ano.
Flávio (PL-RJ), senador, afirmou que o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) trata-se de um "assassinato de reputação sem precedentes", e ironizou que, contra Bolsonaro, "vale tudo".
"Um assassinato de reputação sem precedentes contra o melhor presidente que o Brasil já teve! Reviram tudo, não encontram nada e mais uma vez quebram a cara! Nunca houve qualquer vazamento, quebra de sigilo ou exposição, sem embasamento, de nenhum ex-presidente na história do país, mas contra Bolsonaro vale tudo!", escreveu na sua conta oficial do Twitter.
Na sequência, ele diz que o que mais lhe assusta é o fato de que a vaquinha promovida para ajudar o ex-chefe do Executivo a pagar multas com a Justiça contou com a adesão "espontânea" de milhões de brasileiros".
"Engana-se quem pensa que o Brasil está caminhando a passos largos rumo à Venezuela, Cuba e Nicarágua. O país já está nos 100m rasos e SEM BARREIRAS", complementou.
Um assassinato de reputação sem precedentes contra o melhor presidente que o Brasil já teve! Reviram tudo, não encontram nada e mais uma vez quebram a cara!
— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) July 28, 2023
Nunca houve qualquer vazamento, quebra de sigilo ou exposição, sem embasamento, de nenhum ex-presidente na história do… pic.twitter.com/yagJghO7pX
O vereador Carlos Bolsonaro (PL) foi mais sucinto na sua crítica, mas tratou de novamente bater na tecla do comunismo e comparar o governo brasileiro com o venezuelano. "Na democracia comunista relativa vale tudo! Já vivemos na Venezuela!", publicou.
Na democracia comunista relativa vale tudo! Já vivemos na Venezuela! pic.twitter.com/zvtR6nepIc
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) July 28, 2023
Divulgação de transações via Pix
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras apontou, em relatório , que Jair Bolsonaro recebeu R$ 17,2 milhões via Pix entre os dias 1° de janeiro e 4 de julho deste ano.
O relatório em questão ressaltou que as movimentações financeiras aconteceram em "situação atípica e incompatível", e que a maior suspeita é de que o montante foi enviado ao político por conta da campanha de doações realizada para que ele pudesse pagar multas à Justiça.
O documento ao qual a Folha de S.Paulo teve acesso destaca ainda que o ex-presidente da República recebeu 769 mil transações via Pix.
O PL, partido do político de direita que está inelegível, foi o responsável por transferir R$ 47,8 mil a Bolsonaro, valor movimentado em duas diferentes transações. Outras 18 contas enviaram valores entre R$ 5.000 a R$ 20 mil ao político.