Lula fala em negociações com o Centrão para tranquilidade no Congresso

Presidente disse que irá conversar com os partidos individualmente

Foto: Reprodução: TV Brasil
Lula quer 'tranquilidade' na hora das votações no Congresso

presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (25) que pretende conversar com partidos como PP, Republicanos e União Brasil para dar "tranquilidade ao governo nas votações" no Congresso.

Durante a 'Conversa com o Presidente', live semanal do chefe do Executivo, Lula diz que irá conversar com os partidos individualmente e não com "o Centrão enquanto organização". Para ele, é "normal" que as legendas desejem apoiar o governo.

"Eu não quero conversar com o Centrão enquanto organização, eu quero conversar com o PP, quero conversar com o Republicanos, com PSD, União Brasil. É assim que a gente conversa. E é normal que se esses partidos quiserem apoiar a gente eles queiram participar do governo. E você tenta arrumar um lugar para colocá-los, para dar tranquilidade ao governo nas votações que precisamos para melhor aprimorar o funcionamento do Brasil. É exatamente isso que vai acontecer", disse Lula.

O presidente ainda rebateu a pressão do Centrão para estar a frente de alguns cargos no governo. Lula reforçou que somente ele é o responsável por oferecer os ministérios.

"É direito das pessoas quererem fazer acontecer e falar o seguinte: estou a fim de participar do governo. Participar do governo, você pode ter um ministério. Agora, não é o partido que quer vir pro governo que escolhe o ministério. Quem escolhe o ministério é o presidente da República. Quem indica o ministério é o presidente da República, quem oferece o ministério é o presidente da República. E eu acho plenamente possível. Vamos discutir isso nos próximos dias, não estou preocupado, ainda não fiz nenhuma conversa com ninguém", afirmou Lula.

No último dia 14, o petista afirmou que "tem ministros que não são trocáveis" e que a ministra da Saúde, Nísia Trindade, não deixará o cargo. Partidos do Centrão têm interesse em assumir a pasta, em troca da ampliação da base do governo no Congresso.

Lula também ironizou especulações de que fará novas substituições no primeiro escalão do governo, citando que "já troquei todo mundo, só falta eu mesmo me trocar".