O procurador-geral da República, Augusto Aras, acusou colegas de tentaram sabotar seu trabalho e dizem que há pessoas que tentam ‘apagar o trabalho’ do Ministério Público. A declaração foi dada em entrevista ao site Conjur.
Segundo Aras, as tentativas de sabotagem contra seu trabalho “ultrapassaram os limites” e diz não saber “quem criou os problemas”. O PGR ainda confirmou que abriu uma investigação sobre o caso, mas não adiantou o andamento da apuração.
“Há uma evidente sabotagem. Tentam apagar todos os registros da nossa administração. As críticas em tempo de sucessão na PGR são comuns, mas estou sendo sabotado há cerca de 60 dias. Todo dia há problemas novos que ninguém sabe quem criou”, afirmou.
Aras também classificou como “normal” as críticas em trocas de mandatos na procuradoria. Ele foi alvo de aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após se aproximar e engavetar processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O PGR também negou uma crise no Ministério Público após a exoneração de 16 procuradores. Para o MP, as saídas fazem parte de “movimentos naturais e que são uma realidade em qualquer carreira pública ou privada”.
Aras está na disputa para se manter na cadeira da PGR. Ele deve se reunir com Lula nas próximas semanas para apontar as prioridades do MP nos próximos dois anos.