Na oitiva da CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro desta terça-feira (11), a relatora da comissão, Eliziane Gama (PSD) questionou ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre as visitas que ele recebeu durante o período em que está preso por suspeita de fraude em dados de vacinação contra a Covid-19 no Ministério da Saúde.
Segundo a relatora, Cid recebeu a visita de familiares e do ex-ministro da Saúde durante o governo de Jair Bolsonaro, Eduardo Pazuello e do advogado do ex-presidente, Fábio Wajngarten. Ela questionou o tenente-coronel sobre o motivo da visita dos citados e ele permaneceu em silêncio, assim como em todas as perguntas anteriores.
Ao final da pergunta de Gama, um parlamentar da comissão gritou ao fundo que Pazuello foi "fazer visita íntima" a Mauro Cid. Logo, a senadora Soraya Thronicke pediu respeito ao depoente durante a oitiva.
A relatora, que teve acesso à lista de visitantes de Cid na cadeira, também perguntou ao ex-ajudante de Bolsonaro porque familiares do ex-presidente e nem o próprio ex-mandatário o visitou na prisão. O depoente mais uma vez exerceu o direito de ficar calado.
No dia 3 de maio, o tenente-coronel foi preso pela PF suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. A corporação investiga a possibilidade da falsificação das carteiras de vacinação de Bolsonaro, sua filha Laura, Mauro Cid, a esposa e a filha.