O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse, nesta terça-feira (11), que seria “absurdo” a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não oferecer a candidatura ao seu país para ingressar na organização militar. Os líderes dos países membros da Otan se reúnem nesta terça, em Vilnius, na Lituânia, para a realização de uma das principais cúpulas do bloco desde o pós Segunda Guerra, na qual também devem avaliar a entrada da Suécia no bloco.
Zelensky têm insistido, desde o início da Guerra – quando a Rússia invadiu o território ucraniano –, para que a Otan faça uma ação concreta e integre a Ucrânia ao bloco, e não faça somente promessas. “Parece que não há disposição nem para convidar a Ucrânia para a Otan nem para torná-la membro da Aliança”, escreveu o mandatário ucraniano no Twitter. “Não agora, enquanto a guerra durar, mas precisamos de um sinal claro; e esse sinal claro é necessário agora”, acrescenta.
We value our allies. We value our shared security. And we always appreciate an open conversation.
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) July 11, 2023
Ukraine will be represented at the NATO summit in Vilnius. Because it is about respect.
But Ukraine also deserves respect. Now, on the way to Vilnius, we received signals that…
A Otan prevê uma forma de entrada com caráter urgente, caso todos os 31 membros concordem. Neste caso – como ocorreu com a Finlândia em abril de 2023 –, o ingresso de um país pode ocorrer em poucos meses.
Os Estados Unidos, porém, que há poucos dias enviaram munições de fragmentação à Ucrânia, lideram o grupo contrário à entrada do país na Aliança neste momento. Pelas regras existentes, caso a Otan abra as portas a um país em guerra, entraria no conflito. Contudo, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que Kiev deve receber mais ajuda e garantias de segurança.