Eduardo Bolsonaro comparou professores a traficantes
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Eduardo Bolsonaro comparou professores a traficantes

Deputados do PSOL entraram com uma representação no Conselho de Ética da Câmara contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP)  após o parlamentar comparar professores a traficantes em um evento pró-armas em Brasília no domingo (9). A ação é assinada pelos deputados Guilherme Boulos e Sâmia Bomfim.

No evento, Eduardo disse não “haver diferenças de um professor doutrinador para um traficante de drogas”. Ele insinuou que “talvez o professor seja até pior” que os criminosos.

Boulos classificou as falas como “inadmissíveis” e ressaltou não poder normatizar o caso.  

“É sintomático que essa declaração venha daqueles que passaram quatro anos destruindo a educação e combatendo o papel dos professores na sociedade brasileira. Não podemos normalizar esse tipo de fala repugnante vinda da escória”, disse o deputado.

Além da representação no Conselho de Ética,  Sâmia já havia acionado a Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Eduardo Bolsonaro. A denúncia ganhou o coro dos deputados Luciene Cavalcante (PSOL-SP) e Idilvan Alencar (PDT-CE), que entraram com enviaram uma notícia-crime contra o parlamentar. 

Na visão deles, as falas do deputado reafirmam o “convite” feito por Bolsonaro para atacar professores. Ele ainda lembraram dos casos de violência escolar ocorridos neste ano. 

“A fala em questão é um convite para que os ouvintes ajam contra os professores, para que os impeçam de lecionar conteúdos que não sejam aceitos pela sua visão de mundo. Importante contextualizar que a fala foi feita em um evento pró armas de fogo em um momento do país com recorrentes ataques violentos às escolas e aos professores”, afirma o documento.

“Resta nítido que a fala do Noticiado constitui verdadeiro discurso de ódio contra professores, incitando os ouvintes a atacá-los e intimidá-los, em um evento de promoção do porte e da posse de armas de fogo, caracterizando os crimes de incitação ao crime, ameaça e constrangimento ilegal”, completa.

O iG procurou o gabinete do deputado Eduardo Bolsonaro, mas não obteve retorno.

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