Andrei Rodrigues, nomeado chefe da Polícia Federal há seis meses, revelou neste domingo (9) que vai propor um projeto para que integrantes da corporação sejam proibidos de serem filiados a partidos políticos. Em entrevista ao jornal O Globo, o delegado relatou que, quem quiser disputar uma eleição, vai ter “que ser exonerado e cumprir uma quarentena de pelo menos dois anos”.
“Vamos propor neste próximo semestre que policial federal seja proibido de ter filiação partidária. Se quiser se candidatar, terá que ser exonerado e cumprir uma quarentena de pelo menos dois anos. Quem quiser fazer política partidária está no lugar errado” afirmou Andrei.
“Infelizmente, a instituição foi usada várias vezes. Isso cria um desequilíbrio do sistema democrático, permitindo que o candidato se projete e use a instituição para proveito próprio”, acrescentou.
O chefe da Polícia Federal também revelou na entrevista que o projeto também servirá para determinar punições para quem usar a imagem da corporação para fins pessoais e que não tenham qualquer ligação com as ações do órgão.
“Nós também regulamos o uso do símbolo da PF nas redes sociais para fins pessoais e atividades não ligadas à instituição. A ideia é evitar uso indevido da imagem da PF”, completou.
Prioridades da PF
O chefe da Polícia Federal contou que uma das prioridades da sua gestão é cuidar do meio ambiente. Ele relatou que não houve nenhum alerta de desmatamento em regiões que vivem yanomamis.
“A questão ambiental é uma pauta muito forte da PF. Em junho, não tivemos nenhum alerta de desmatamento nas áreas yanomamis onde atuamos. Um carro-chefe é o combate à corrupção e ao desvio de recursos públicos. Não há que se tergiversar sobre esse tema. Vamos ser firmes e rigorosos”, contou.
Outro trabalho desenvolvido pelos policiais federais é o combate ao crime organizado. Neste semestre, por exemplo, o governo federal irá lançar um projeto para fortalecer a segurança nacional.
“Há também uma diretriz muito clara do ministro Flávio Dino sobre o enfrentamento ao crime organizado e às facções. No começo do segundo semestre, vamos lançar junto aos estados as nossas forças integradas nessa frente”, concluiu.
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