Pressão do PT de SP obriga Haddad a explicar acordo com Boulos

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, será chamado para detalhar acordo com o psolista

Foto: Reprodução
Guilherme Boulos ao lado de Haddad


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, precisará explicar para a comissão eleitoral do PT detalhes do acordo que o partido fechou com Guilherme Boulos para a eleição de 2024 na cidade de São Paulo. A informação é da coluna Guilherme Amado, do Metrópoles, e confirmada pelo Último Segundo - Portal iG.

O grupo, que será chefiado pelo senador Humberto Costa, será responsável por organizar as candidaturas da corrida eleitoral do ano que vem.

A ala petista liderada pelo deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP) não concorda com o acordo feito com Boulos e defende que a sigla precisa ter uma candidatura própria em São Paulo para não prejudicar a votação dos candidatos a vereador na capital paulista.

Gleisi já se manifestou publicamente e deixou claro que o Partido dos Trabalhadores estará com o psolista. Boulos também se posicionou, avisando que seguiria no PSOL e relatou que o PT terá prioridade para indicar um nome a vice da sua chapa.

Com o conflito exposto ao público, Hoffmann se reuniu com a direção do PT em São Paulo há duas semanas para comunicar que a legenda cumprirá o acordo feito nas eleições de 2022. Ela ainda informou que as negociações realizadas no ano passado foram noticiadas pela imprensa, discutidas internamente e não houve qualquer manifestação contrária, ou seja, não é justo agora que tentem melar o que foi acordado.

A deputada federal mostrou pesquisas que Boulos aparece em primeiro lugar e com grandes chances de vitória, enquanto nenhum nome petista consegue passar dos 3% das intenções de voto, com exceção ao ministro Fernando Haddad, que não cogita sair do governo Lula.

Acordo com Boulos

No ano passado, Boulos se colocou como pré-candidato ao governo de SP, mas abriu mão para que o PSOL apoiasse Fernando Haddad, que foi derrotado no segundo turno para Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), atual governador paulista.

Para retirar a candidatura, o deputado federal escutou de Lula, Gleisi e Haddad que os petistas o apoiarão na capital paulista.


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