Andrei Rodrigues é diretor da Polícia Federal
Agência Brasil/José Cruz
Andrei Rodrigues é diretor da Polícia Federal


Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal, afirmou neste domingo (9) que o governo Lula não tentou fazer nenhuma interferência nos trabalhos realizados pela corporação. Em entrevista ao jornal O Globo, ele relatou que tem total autonomia para realizar o seu trabalho.

Em seu discurso de posse, Rodrigues avisou que não aceitaria qualquer interferência na PF. Deixou claro que, caso alguém do governo tentasse fazer isso, iria pedir demissão do cargo.

Na entrevista, ele foi questionado se houve alguma tentativa de ingerência. “Por parte dos meus chefes, que são o presidente Lula e o ministro Flávio Dino, não há interferência. Não poderia falar sobre a gestão passada, porque não sei o que aconteceu”, relatou.

Andrei Rodrigues aproveitou a entrevista para criticar o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ). Apesar de não fazer nenhuma acusação, o chefe da PF enumerou muitas alterações que ocorreram na gestão anterior ao de Lula.

“O que se viu, e isso é um fato notório, foram sucessivas mudanças: diretor-geral, superintendentes, investigadores, chefes de setores. Isso trouxe instabilidade institucional”, comentou.

“Hoje, a polícia vive um novo momento. Tive autonomia para escolher os diretores e os superintendentes. Tenho passado a mensagem clara de que agora vivemos um momento de estabilidade, com autonomia para trabalhar. Vamos fazer operações com independência e responsabilidade, focados na qualidade da prova”, acrescentou.

Investigação que envolve Arthur Lira

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), procurou Andrei para reclamar de um suposto “vazamento” do processo que investiga Luciano Cavalcante, ex-assessor do deputado federal.

Andrei Rodrigues minimizou a irritação de Lira e garantiu que não houve qualquer vazamento por parte dele.

“Absoluta tranquilidade, pela certeza do trabalho correto que fizemos. A PF, em nenhum momento, divulgou nomes, dados, informações, vinculações do próprio deputado ou dos seus assessores. A operação foi baseada em qualidade da prova, com autonomia investigativa e responsabilidade. O que eu comentei com o presidente Arthur foi exatamente nesse sentido, que a PF não divulgou o nome de ninguém. Se alguém identificar desvio de conduta, sou o maior interessado em apurar”, concluiu.


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