Nesta semana, surgiram informações na imprensa que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), fechou um acordo com o PL e irá se transferir em breve para a sigla. Mas Ronnye Antunes, chefe do Novo mineiro, usou as redes sociais para desmentir a notícia.
A coluna Panorama entrou em contato com membros tanto do Novo quanto do PL, além de pessoas próximas de Zema. Todos disseram a mesma coisa: o governador gostou do projeto do Partido Liberal, sonha em ser candidato a presidente, quer ter o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas só quer mudar de sigla depois das eleições do ano que vem.
A ideia de Zema é saber exatamente qual o poder de Bolsonaro como cabo eleitoral. Em 2020, por exemplo, o capitão da reserva não obteve sucesso com a maioria dos candidatos que apoiou.
A preocupação do governador é se tornar um “bolsonarista fiel”, criar rejeição com os chamados “moderados” e, na hora da eleição de 2026, Bolsonaro não ter capacidade de transferir seus eleitores a ele.
Além disso, Zema sabe que concorre com Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) para ser candidato da direita. Caso o governador de São Paulo mude para o PL, e consiga viabilizar candidatura, o chefe do Executivo mineiro não descarta a possibilidade de se colocar como uma ‘terceira via’.
Caso resolva sair como uma ‘terceira via’, Zema analisará se é uma boa ideia disputar pelo Novo ou entrar em um partido do Centrão, como o PP e União Brasil.
PL tentará levá-lo ainda em agosto
Apesar do plano de Zema, Valdemar Costa Neto trabalhará para levar o governador para o PL ainda neste ano. As conversas irão se intensificar em agosto.
O presidente nacional do PL tentará usar o fundo eleitoral para convencer o governador de Minas a se filiar ao partido. Valdemar irá se comprometer a dar uma grande quantia aos aliados de Zema já em 2024.
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