Investigação sobre ex-assessor de Lira vai ao STF, manda Gilmar Mendes

Ministro Gilmar Mendes atendeu ao pedido de Arthur Lira, presidente da Câmara

Foto: redacao@odia.com.br (Agência Brasil)
Ministro Gilmar Mendes


O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, ordenou o envio para a Corte da Operação Hefesto, responsável por investigar um ex-assessor do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O magistrado atendeu a uma solicitação do chefe da Casa de Leis.

O pedido de Lira foi feito na terça (4) ao STF e Mendes atendeu à solicitação nesta quinta (6). A determinação corre em segredo de justiça, mas o jornal O Globo trouxe detalhes sobre o tema.

A Polícia Federal já tinha batido o martelo e iria entregar ao STF a apuração sobre supostas fraudes em aquisições de kit de robótica em colégios do estado de Alagoas. O envio aconteceu depois de serem encontradas anotações de vários pagamentos e a citação do nome “Arthur”.

O material foi apreendido em 1° de junho em endereços relacionados a Luciano Cavalcante, ex-assessor de Lira, e também do motorista Wanderson Ribeiro Josino de Jesus, que prestava serviços ao antigo funcionário do presidente da Câmara.

Wanderson era responsável por dirigir, fazer pagamentos e depósitos em espécie para pessoas indicadas por Cavalcante. O motorista revelou que os dados das transações eram anotadas em uma planilha e, na sequência, precisava registrá-las em mensagens de celular.

O ex-funcionário de Cavalcante estava com R$ 150 mil, segundo a Polícia Federal. Josino de Jesus contou aos policiais que o dinheiro era do ex-patrão.

“O dia que (os policiais) vieram aqui, tinha comigo R$ 150 (mil). Aí tinha R$ 40 mil no porta-luvas, que era o pagamento que eu tinha que fazer. E tinha dentro da mochila (outros R$ 110 mil, no porta-malas). De quem era a mochila? Do Luciano. Eu nem sabia que estava a mochila dele, eu não posso abrir a mochila dele”, disse o motorista ao jornal O Globo.

Nome “Arthur” foi encontrado na lista

A Polícia Federal também achou no endereço de Wanderson anotações de pagamentos que apontavam datas, valores e destinatários.

Em um dos registros, os policiais federais identificaram que R$ 100 mil foram entregues para alguém com o nome “Arthur”, mas sem maiores detalhes.


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