A reforma no plenário do Supremo Tribunal Federal começou nesta terça-feira (4), cerca de seis meses depois dos atos terroristas do 8 de janeiro em Brasília. O carpete que reveste o piso e as paredes serão modificados. O trabalho irá durar até o fim de julho, período em que o Judiciário fica em recesso.
A Corte precisará pagar quase R$ 310 mil para trocar 850 m² de carpete na cor ouro, que é tombada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). A última vez que esse tipo de serviço ocorreu no Supremo foi em 2004.
Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaroi (PL-RJ) invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. O plenário do STF foi um dos locais mais destruídos pelos terroristas, que tentaram colocar fogo no espaço.
O Supremo Tribunal Federal apontou cerca de R$ 11,5 milhões de prejuízo para poder reformar todo o prédio da Corte após a invasão.
A Advocacia-Geral da União chegou a pedir que a Justiça bloqueie as contas dos invasores para que os Três Poderes sejam ressarcidos. O pedido da AGU é que os bolsonaristas que participaram do ato terrorista paguem 7,9 milhões da Presidência, R$3,5 milhões do Senado e R$ 3,3 milhões da Câmara.
“Foi identificado um vultuoso prejuízo material a esses prédios públicos federais, consubstanciando na quebra de objetos e itens mobiliários, a exemplo de computadores, mesas, cadeiras, vidros das fachadas e até a danificação de obras de artes e objetos de valores inestimáveis à cultura e à história brasileira, à exemplo da obra ‘As Mulatas’, de Di Cavalcanti”, relatou a AGU no pedido.
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