O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT-SP), disse na última segunda-feira (3) que não há nenhuma chance do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitir a ministra da Saúde, Nísia Trindade, para colocar um nome indicado pelo Centrão. Porém, ele deixou claro que ocorrerá a demissão de Daniela Carneiro, ministra do Turismo.
“É natural um partido que tenha indicado um nome para um ministério possa querer rediscutir”, falou Padilha em entrevista a GloboNews, referindo-se ao União Brasil, que quer a nomeação de Celso Sabino como novo chefe da pasta do Turismo. Planalto e a bancada do UB irão se reunir nesta semana para alinhar a mudança.
Daniela faz parte do partido, mas pediu para sair em abril com o objetivo de ir ao Republicanos. Por conta disso, o União Brasil reivindicou a indicação do Ministério do Turismo para apoiar o governo Lula na Câmara dos Deputados.
Lideranças da agremiação também afirmaram que Carneiro era uma escolha pessoal de Lula, já que ela e o marido Waguinho, prefeito de Belford Roxo, apoiaram o petista no segundo turno das eleições do ano passado.
A bancada do União Brasil acusa Daniela de não atender às demandas dos deputados federais. Por isso o nome de Sabino é o mais desejado pelo grupo. “Governo está aberto a ampliar a participação”, completou Padilha.
Ministra da Saúde segue igual
O ministro das Relações Institucionais afirmou que não há nenhuma chance de Nísia Trindade ser demitida para que um nome do Centrão ocupe o Ministério da Saúde. Ele relatou que o presidente Lula sempre deixou claro que o comandante da pasta sempre será uma escolha dele.
“Desde quando Lula foi montar o seu governo, ele fez questão de nunca abrir o Ministério da Saúde para o debate partidário. Ele sempre avaliou que o ministério deveria ser ocupado por um quadro técnico, principalmente depois da pandemia”, concluiu.
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