Nesta terça-feira (27), o coronel Jean Lawand Júnior disse que foi "muito infeliz" e que se arrepende de uma mensagem trocada com o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com teor golpista, em que afirmava que "se a cúpula do Exército não está com ele [Bolsonaro], da Divisão para baixo está".
Nas mensagens, o coronel propunha a Cid que Bolsonaro agisse para que as Forças Armadas impedissem a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na sessão de hoje, no entanto, ele alegou que planejava uma manifestação de Bolsonaro para evitar uma "revolta", uma "convulsão social"
e que não queria um golpe de Estado após o resultado das eleições.
"Esta colocação minha, eu fui muito infeliz. Sou um simples coronel conversando num grupo de WhatsApp com um amigo. Não tinha comandamento, não tinha condições, não tinha motivação para qualquer tipo de golpe. Essa observação minha foi muito infeliz porque eu não tenho contato com ninguém do alto comando. Então, fui infeliz, me arrependo", afirmou Lawand durante a oitiva.
O militar foi chamado para depor à comissão após a divulgação de mensagens entre ele e Cid, que constavam no celular do ex-ajudante de ordens, que foi alvo de operação da Polícia Federal por supostamente ter falsificado o cartão de vacina de Bolsonaro.
"A sociedade brasileira, dividida em opiniões, acerca de 'o que vai acontecer?', 'o que vai ser agora?', 'como foi o pleito?'. A gente vendo aquelas pessoas, a insegurança trazida por aquilo, que podia levar a alguma convulsão social, a alguma revolta, a um problema na segurança, foi o que eu falei", afirmou.
"As pessoas estavam tentando entender como aquilo terminaria. A ideia minha desde o começo, desde a primeira mensagem com o tenente-coronel Cid, foi que viesse alguma manifestação para poder apaziguar aquilo, e as pessoas voltarem às suas casas", acrescentou.
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