Ditadura
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Em cumprimento a uma determinação judicial, a Secretaria de Comunicação do governo publicou nesta segunda-feira (12) um direito de resposta de vítimas e familiares da ditadura militar a uma publicação realizada na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, que exaltava militares que atuaram durante o período.

A postagem do antigo governo foi realizada no dia 5 de maio de 2020 e colocava Sebastião Curió, o major Curió, entre outros militares, como "heróis".

O major, que morreu em 2022, comandou a repressão da guerrilha do Araguaia, movimento contrário à ditadura. As ações de Curió foram marcadas por prisões, tortura e execução de opositores militantes. 

"O governo brasileiro, na atuação contra a guerrilha do Araguaia, violou os Direitos Humanos, praticou torturas e homicídios, sendo condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos por tais fatos. Um dos participantes destas violações foi o Major Curió e, portanto, nunca poderá ser chamado de herói. A SECOM retifica a divulgação ilegal que fez sobre o tema, em respeito ao direito à verdade e à memória", diz publicação.

O governo Lula afirma, ainda, que faz a publicação "com satisfação" e chamou a determinação da Justiça de "reparação histórica".

"O governo federal tem total concordância com a ordem judicial que determinou o restabelecimento da verdade e dignidade das vítimas ao determinar a publicação do desagravo", completa.

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