Na noite de ontem (31), a Câmara dos Deputados aprovou a medida provisória que reestrutura os ministérios do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) . A MP prevê a criação de 31 ministérios e sete órgãos com status de pasta ministerial. Nesta quinta-feira (1º), o texto será analisado pelo Senado.
Foram 337 deputados favoráveis a proposta e outros 125 foram contrários. A validade do texto termina às 23h59 desta quinta. Isso porque medidas provisórias entram em vigor assim que publicadas, por isso os ministérios criados por Lula estão atuando nas respectivas áreas. No entanto, se a MP não for aprovada pelo Congresso em 120 dias, ela é encerrada.
O presidente do Senado , Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou que a MP ministerial será votada ainda nesta quinta e, se necessário, durante toda a noite.
A demora para a MP ser pautada na Câmara ocorreu devido à insatisfação dos deputados com o governo. Segundo o chefe da Casa, Arthur Lira (PP-AL), houve uma “insatisfação generalizada” dos deputados.
“Não há achaque, não há pedidos, não há novas ações, o que há é uma insatisfação generalizada dos deputados e, talvez, dos senadores com a falta de articulação do governo, e não de um ou outro ministro”, disse Lira em entrevista à imprensa.
O texto foi aprovado após Lula se envolver pessoalmente nas negociações, falando com os líderes dos partidos e Lira. Na conversa com o presidente da Câmara, o deputado expôs a dificuldade de articulação no terceiro mandato do petista, e teceu críticas ao fato do governo ainda não ter constituído uma base aliada.
Ainda, afim de promover a aprovação da MP, o Planalto empenhou R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares na terça-feira (30).
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