Ex-braço-direito reafirma que Bolsonaro queria reaver joias saudistas

Mauro Cid prestou novo depoimento

Mauro Cid ao lado de Bolsonaro
Foto: redacao@odia.com.br (Estadão Conteúdo)
Mauro Cid ao lado de Bolsonaro


O tenente-coronel Mauro Cid , ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), prestou um novo depoimento nesta quinta-feira (1°) à CGU (Controladoria-Geral da União). Ele respondeu várias perguntas sobre as joias dadas pela ditadura da Arábia Saudita ao ex-chefe do Executivo federal.

Os investigadores fizeram questionamentos ao militar, que estava na condição de testemunha e não de investigado. O ex-aliado de Bolsonaro seguiu o mesmo depoimento que prestou anteriormente à PF.

De acordo com informações dadas por Cid, o ex-presidente da República contou a ele, em dezembro de 2022, sobre a existência dos colares de ouro que foram confiscados pela Receita Federal em Guarulhos. Ele pediu para que o seu funcionário fosse conferir e tentasse regular os itens valiosos.

O ex-ajudante relatou que Bolsonaro não determinou para que o presente fosse recuperado. Porém, confirmou mais uma vez, que o ex-presidente fez uma solicitação.

Por conta disso, o tenente-coronel procurou Júlio César Vieira Gomes, então secretário especial da Receita, para saber o que poderia ser feito. A orientação dada foi para que um documento fosse produzido para entregar à Receita pedindo a retirada do presente.

Investigação contra Bolsonaro e Mauro Cid sobre a vacina da Covid

Mauro Cid é investigado em outro inquérito. De acordo com as investigações, o ex-presidente e a filha teriam tomado a vacina, mas a informação é falsa. Estes comprovantes foram baixados a partir do aplicativo ConecteSus, do Ministério da Saúde, com base nas informações fraudulentas. Logo depois, estes registros haviam sido apagados.

Segundo a PF, isso ocorreu em dezembro de 2022, pouco antes de Bolsonaro e a família  viajarem para a Flórida, nos Estados Unidos. A apuração dos policiais suspeita que tais informações foram inseridas no sistema com a intenção de beneficiar o ex-mandatário e a família e facilitar a entrada nos EUA.

No dia 16 de maio, Bolsonaro negou a participação do ex-ajudante no esquema de fraudes. Além disso, ele também afirmou que não orientou ou ordenou qualquer pessoa a burlar o sistema.

No entanto, o ex-chefe do Executivo federal afirmou que a gestão de sua conta no aplicativo ConecteSUS estava sob gestão de Mauro Cid.


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