Itamaraty rebate Zelensky e diz ter sugerido 3 horários para reunião

Ucraniano disse que Lula 'não achou tempo' para re reunir com ele e que desencontro durante cúpula do G7, no Japão, não foi causado pelo governo da Ucrânia

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky
Foto: Presidencia Ucrânia - 27.03.2023
Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky

O Ministério das Relações Exteriores rebateu as falas do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que disse que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "não achou tempo" para re reunir com ele  e que o  desencontro entre eles durante a  cúpula do G7, no Japão, "definitivamente" não foi causado pelo governo ucraniano.

As declarações de Zelensky foram dadas em entrevista à Folha de S. Paulodivulgadas na manhã desta quinta-feira (1º).

Ao jornal O Globo , o Itamaraty reafirmou que o governo brasileiro ofereceu três horários diferentes ao mandatário, mas que as opções não foram aceitas pelos ucranianos.

A fala de Zelensky vai contra o que havia sido divulgado pelo governo do Brasil e contra o que foi dito por um membro do governo ucraniano.

Quando ainda estava em Hiroshima, em 21 de maio, Lula disse que a reunião bilateral não ocorreu porque o ucraniano teria se atrasado e, no fim, não apareceu.  "O fato é muito simples, tinha uma bilateral com a Ucrânia aqui neste salão. Nós esperamos e recebemos a informação de que eles tinham atrasado. Enquanto isso, eu recebi o presidente do Vietnã. Quando o presidente do Vietnã foi embora, a Ucrânia não apareceu. Certamente teve outro compromisso e não pôde vir aqui. Foi simplesmente isso o que aconteceu", afirmou o brasileiro em entrevista coletiva.

Dois dias depois, em entrevista à rádio ucraniana Liberty, o vice-chefe do Gabinete do Presidente da Ucrânia, Ihor Zhovkva, confirmou a versão,  dizendo que o encontro entre os líderes não ocorreu devido a um "descompasso de agenda".

"Nada aconteceu com o presidente do Brasil. Na diplomacia, existe uma incompatibilidade de cronograma. Foi o que aconteceu", disse Zhovkva, destacando que o país quer ouvir a proposta de paz do Brasil.

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