Deltan Dallagnol (Podemos-PR) , deputado federal cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), diz que soube da intimação para depor na Polícia Federal pela imprensa .
"Descobri que fui intimado a dar depoimento na condição de investigado pela imprensa. Pior, descobri também a razão da investigação pela imprensa, porque não tive acesso aos autos e não sei qual o juízo que deu a decisão. Pior ainda, ao que tudo indica, trata-se de uma investigação sobre críticas a decisões de um ministro, o que é protegido pela imunidade parlamentar garantida pela Constituição. Esta é a nossa "democracia"", escreveu o parlamentar no Twitter.
A Polícia Federal intimou Dallagnol na última terça-feira (30). Em pronunciamento na Câmara dos Deputados, Dallagnol afirmou não saber se prestará depoimento na condição de investigado ou testemunha. Ele ainda chamou a intimação de “perseguição policial”.
“O que vejo depois de uma perseguição política e agora estamos caminhando para uma perseguição policial. Qual foi o meu crime? Qual foi o crime que cometi”, afirmou.
Cassação
Deltan Dallagnol teve mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última semana. A Corte Eleitoral entendeu que o ex-procurador deixou o Ministério Público Federal (MPF) para evitar punições sobre três procedimento administrativos contra ele na corregedoria.
Pela lei eleitoral, processos administrativos são motivos para impugnar uma candidatura. Ele nega ter entrado na política para evitar as punições e disse que se tornou candidato por vontade própria.
Na terça, a defesa do parlamentar entrou com à defesa na Mesa Diretora da Câmara e disse que o TSE invadiu as competências do Congresso. Os advogados pedem para que a Câmara aguarde o trânsito julgado no Supremo Tribunal Federal (STF) para confirmar a cassação do parlamentar.
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