A Polícia Federal intimou nesta terça-feira (30) o deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) para prestar depoimento nesta sexta-feira (2). A informação foi confirmada pelo próprio parlamentar, que criticou a notificação.
Em pronunciamento na Câmara dos Deputados, Dallagnol afirmou não saber se prestará depoimento na condição de investigado ou testemunha. Ele ainda chamou a intimação de “perseguição policial”.
“O que vejo depois de uma perseguição política e agora estamos caminhando para uma perseguição policial. Qual foi o meu crime? Qual foi o crime que cometi”, afirmou.
Deltan Dallagnol teve seu mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última semana. A Corte Eleitoral entendeu que o ex-procurador deixou o Ministério Público Federal (MPF) para evitar punições sobre três procedimento administrativos contra ele na corregedoria.
Pela lei eleitoral, processos administrativos são motivos para impugnar uma candidatura. Ele nega ter entrado na política para evitar as punições e disse que se tornou candidato por vontade própria.
Nesta terça, a defesa do parlamentar entrou com à defesa na Mesa Diretora da Câmara e disse que o TSE invadiu as competências do Congresso. Os advogados pedem para que a Câmara aguarde o trânsito julgado no Supremo Tribunal Federal (STF) para confirmar a cassação do parlamentar.