A ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos e senadora Damares Alves (Republicanos-DF) se manifestou após a Polícia Federal apreender 290 quilos de maconha em uma avião que pertence à Igreja Quadrangular do Pará, no último sábado (27). O grupo religioso é liderado pelo tio de Damares, o ex-deputado federal e pastor Josué Bengtson.
Nas redes sociais, a senadora negou ter qualquer relação com o ocorrido e disse ter tomado conhecimento da situação por meio de notícias veiculadas pela imprensa, somente na manhã dessa segunda-feira (29).
Em publicação no Instagram , Damares compartilhou uma notícia e colocou "figurinhas" indicando o vínculo dela com o tio, que é ligado à igreja em questão, que, por sua vez, é dona do avião alvo da PF.
"Entendeu?", escreveu Damares.
Em nota divulgada nas redes, a ex-ministra confirmou que "Josué Bengtson é seu tio" e disse ter entrado "em contato com a família e foi informada que a denúncia à Polícia Federal sobre uma carga suspeita carregada na aeronave foi realizada pelos responsáveis pelo avião, ou seja, pela própria Igreja". "Mais informações poderão ser obtidas com a própria PF", afirma o texto.
Durante ação da PF, um suspeito foi preso por tráfico interestadual de drogas, localizado em um hangar destinado a voos particulares do Aeroporto de Belém, capital do Pará. Ele tentou fugir, mas foi capturado pelos agentes federais.
A aeronave contava com 290 quilos de skunk, uma variedade de maconha mais concentrada. Além da carga, o avião e o celular do homem foram apreendidos.
As informações acerca da apreensão são da própria instituição religiosa, que alega que o prestador de serviço terceirizado teria acessado sem autorização a aeronave no período da noite, na sexta-feira (26), e que a Quadrangular desconhece qual seria a origem da droga.
A nota divulgada esclarece que o homem em questão "procurou o piloto querendo fazer um voo para levar, segundo ele, algumas peças de trator para uma cidade do interior". Segundo a igreja, eles só souberam das drogas no avião após a apreensão feita fela PF.
O piloto foi liberado, já que não foi constatada participação dele no crime.
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