Deputado Federal, Guilherme Boulos (PSOL)
Reprodução: Câmara dos Deputados - 13/04/2023
Deputado Federal, Guilherme Boulos (PSOL)


O deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) zombou da cassação de Deltan Dallagnol (Podemos-PR). Em entrevista dada ao programa Estúdio i, da GloboNews, o psolista ironizou o fato do ex-procurador estar afirmando que é vítima de uma perseguição judicial.

O parlamentar destacou que Dallagnol usou na Operação Lava Jato “PowerPoint” para mostrar que tinha convicção de supostos crimes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que a Vaza Jato mostrou que houve motivação política para prender o petista. “Um dia é da caça, outro do caçador”, falou.

Boulos ainda afirmou que não há qualquer movimentação política para que Deltan não seja cassado. O ex-deputado perdeu o mandato após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) entender que houve irregularidade em sua exoneração do cargo de procurador enquanto enfrentava processos internamente.

“Ficou visível naquela coletiva que ele deu que apoio que ele tem é apenas dos bolsonaristas”, comentou. Na entrevista, Dallagnol contou com a companhia de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Bia Kicis (PL-DF).

Boulos ameniza atrito entre PT e PSOL

O deputado amenizou o atrito entre PSOL e PT por causa da votação da urgência do arcabouço fiscal. O parlamentar garantiu que os psolistas seguem apoiando o projeto do governo Lula, mas que é natural que ocorra divergências.

“O PSOL é base do governo, seguirá sendo base do governo (...), não dá pra fazer tempestade em copo d'água”, opinou.

Os psolistas votaram contra o pedido de urgência na tramitação do arcabouço fiscal. Em entrevista para a jornalista Mônica Bergamo, Juliano Medeiros, presidente da legenda, declarou que “as mudanças feitas pelo relator [o deputado federal Cláudio Cajado, do PP da Bahia] pioraram a proposta da Fazenda, por isso votamos contra a urgência”.

O deputado ainda contou que conversou com o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), que a legenda não seria favorável a urgência. Por isso desaprova qualquer acusação de “deslealdade”.

Com a votação do PSOL, criou-se uma nova guerra entre psolistas e petistas por conta da eleição para a Prefeitura de São Paulo. Há um acordo entre os dois partidos para que Boulos seja o líder da chapa e o PT indique o vice. Porém, há lideranças do Partido dos Trabalhadores que tentam melar a aliança.


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