Mauro Cid, ex-braço direito de Bolsonaro, perde advogado

Militar está preso desde o começo do mês

Mauro Cid ao lado de Jair Bolsonaro
Foto: redacao@odia.com.br (Estadão Conteúdo)
Mauro Cid ao lado de Jair Bolsonaro


O advogado Rodrigo Roca não faz mais parte da defesa de Mauro Cid , ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ). O profissional comunicou sua saída do caso nesta quarta-feira (10) para a jornalista Andreia Sadi, do Portal G1.

“Renuncio à defesa dos interesses do Cel. Mauro Cid nos inquéritos em que figura como investigado, por razões de foro profissional e impedimentos familiares da minha parte”, afirmou Rodrigo Roca.

Mauro Cid foi preso no dia 3 de maio pela Polícia Federal por suspeita de ter inserido informações falsas de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Investigadores da PF afirmam que foram falsificados os certificados de vacinação de Bolsonaro, da sua filha mais nova, Laura Bolsonaro, da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e de assessores do ex-presidente.

Cid também é investigado em outros três inquéritos: o caso relacionado a joias sauditas, atividades em milícias digitais e participação nos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro.

Mauro Cid é suspeito de movimentar dinheiro em conta nos EUA

Uma análise pericial no telefone celular do tenente-coronel Mauro Cid, durante a operação que o levou a prisão pela Polícia Federal (PF), revelou diálogos relacionados ao envio de recursos para o exterior.

A informação, dada ontem pela GloboNews, afirma que essas operações financeiras chamaram a atenção dos investigadores, que as consideram suspeitas.

Através da perícia realizada no telefone de Cid, os investigadores obtiveram registros de mensagens trocadas com uma pessoa suspeita de ser o responsável pela conta bancária do tenente-coronel nos Estados Unidos .

Os valores envolvidos nessas transações são considerados suspeitos e serão alvo de investigação.

Com base nessas informações, os agentes pretendem solicitar a quebra do sigilo bancário dessa conta, procedimento que será realizado pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional do Ministério da Justiça (DRCI).

Durante a operação, a PF encontrou US$ 35 mil (equivalente a R$ 175 mil) e R$ 16 mil em espécie dentro de um cofre na residência de Mauro Cid. Agora, ele também é suspeito de lavagem de dinheiro.


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