O ministro das Relações Institucionais , Alexandre Padilha (PT-SP), disse nesta segunda-feira (8) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ordenou que se tenham conversas entre o Palácio do Planalto com os partidos que possuem ministérios. A determinação é para que o governo consiga ter uma base sólida no Congresso Nacional e dê um ponto final na crise política.
"O presidente Lula pediu, delegou a responsabilidade. E a tarefa, como coordenador político do governo, nesta semana, é de fazer reuniões dos ministros que foram indicados pelos partidos junto com líderes da Câmara para discutirmos ação na Câmara. A ação que está sendo feita e o cumprimento do calendário de votações até o final do primeiro semestre", explicou o ministro em conversa com a imprensa após se reunir com Lula.
"Ele [Lula] reforçou que essas reuniões têm que ser coordenadas e lideradas pela Secretaria de Relações Institucionais junto com a Casa Civil, junto com os ministros de cada área. Devemos fazer a primeira já com os ministros do PSB, PSD. Devemos marcar com ministros do MDB na volta do líder do MDB da Câmara, com os ministros do União Brasil. Fazer isso como uma rotina permanente", acrescentou.
Parlamentares criticaram a demora para o governo liberar as emendas. Segundo Padilha, o recurso tem sido liberado conforme o calendário do Orçamento da União. Porém, a insatisfação é tão grande que o governo tem sofrido derrotas consecutivas nas últimas semanas, como a derrubada do decreto de Lula que alterava o marco do saneamento básico e a CPI do MST.
"Tivemos uma derrota na semana passada. É raríssimo o time ser campeão invicto. Para ser campeão, você não pode é perder a final", amenizou Padilha, que também se defendeu sobre as críticas que vem sofrendo. “Eu estou acostumado a este cargo. Não sou marinheiro de primeira viagem”.
Lula não participará de reuniões
Padilha irá se encontrar com lideranças do PSB, MDB, PSD e União Brasil para alinhar os interesses do Planalto com os quatro partidos, mas Lula não participará das reuniões neste primeiro momento. O presidente deve intensificar sua presença a partir da próxima semana.
"O que tem de melhor na articulação política no país é o presidente Lula. Vai entrar em campo quando precisar. É o Pelé da articulação política", comentou o ministro.
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