O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cancelou sua ida a Portugal após ser alvo de uma operação da Polícia Federal na quarta-feira (3). Bolsonaro participaria de um evento da extrema-direita em Lisboa entre os dias 13 e 14 deste mês.
O ex-presidente é acusado de participar de fraudes em cartões de vacinação. O documento dele, de sua filha Laura e seus assessores são alvos de investigação da PF.
Bolsonaro partiria para Lisboa no dia 12 e pretendia iniciar um tour pela Europa neste mês. Após o cancelamento da viagem, o presidente do partido de extrema-direita Chega!, André Ventura, anunciou o cancelamento do evento.
“Em respeito por muitos destes convidados, sobretudo dos norte-americanos e, recentemente, o ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro e sua comitiva, que se viram impedidos de viajar por determinações do estado brasileiro, o Chega! decidiu reagendar a Cimeira para data posterior”, disse Ventura em suas redes sociais.
André Ventura ainda acusou o governo Lula de realizar a operação para barrar a ida de Bolsonaro a Portugal. Entretanto, a Polícia Federal informou não ter apreendido o passaporte do ex-presidente, contrariando uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Fraudes em cartões de vacina
A Polícia Federal realizou nesta quarta-feira (3) uma operação contra uma quadrilha acusada de fraudar cartões de vacina para adicionar o imunizante da Covid-19 nos documentos. Segundo a PF, os investigados teriam entrado no sistema do Ministério da Saúde para adulterar as carteiras de vacinação.
Ao todo, os policiais cumpriam 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva nas cidades do Rio de Janeiro e Brasília. Entre os alvos está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que teve seu celular apreendido pelos investigadores.
O tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi preso durante a operação. A esposa de Cid e assessores próximos a Bolsonaro também foram alvos da PF.