O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) irá prestar depoimento à Polícia Federal no dia 26 de abril sobre os atos golpistas que depredaram a sede dos Três Poderes no dia 8 de janeiro . O inquérito foi instaurado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
No dia 14 de abril, o ministro atendeu ao pedido da PGR (Procuradoria Geral da República), que solicitava a intimação de Bolsonaro, dizendo que ele “teria supostamente incitado a perpetração de crimes contra o Estado de Direito” em uma publicação realizada no dia 10 de janeiro. O post foi apagado horas depois.
Bolsonaro publicou no Facebook um vídeo, sem apresentar provas, de que o presidente Lula não foi eleito, mas sim “escolhido por ministros do STF e TSE". O post foi apagado horas depois.
Segundo o Ministério Público Federal, a publicação 'parece configurar uma forma grave de incitação, dirigida a todos seus apoiadores, a crimes de dano, de tentativa de homicídio, e de tentativa violenta de abolição do Estado de Direito'.
Jair Bolsonaro prestará depoimento à PF pela segunda vez em abril. No início deste mês, o ex-presidente depôs sobre o recebimento de joias milionárias entregues pelo governo da Arábia Saudita durante os anos que governou o Brasil.
8 de janeiro
Os prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos por bolsonaristas na tarde de 8 de janeiro. Eles protestaram contra a vitória de Lula e o uso das urnas eletrônicas.
Cerca de mil pessoas foram presas e levadas para a carceragem da Polícia Federal na capital. Algumas já foram liberadas por decisões do STF, enquanto outros ainda aguardam o pedido de habeas corpus.
Nesta semana, o STF tornou réus os primeiros 100 suspeitos de participarem dos ataques. Outros 200 golpistas devem ter os casos analisados a partir de terça (25).
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