O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta sexta-feira (14) que mantém alinhamento político com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e tratou de afastar as disputas políticas entre os dois no passado. Em entrevista, Alckmin afirmou que “presidente só tem um”, em referência a Lula.
O vice ainda vê a aliança com o petista necessária para salvar a democracia brasileira. Ele ainda negou ter desavenças com o PT e garantiu que não pensa na disputa presidencial de 2026.
“Essa união com o Lula foi importante porque estava claríssimo que o projeto do 'sainte' [Jair Bolsonaro] não era democrático. Foi uma parceria necessária para o país”, disse Alckmin à revista Veja.
“Meu único plano é trabalhar com Lula pelo Brasil. Não tenho nenhum outro”, completou.
Geraldo Alckmin ainda amenizou as broncas públicas de Lula em ministros. Um dos casos aconteceu com seu principal aliado, o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, após o anúncio de um programa para reduzir o valor das passagens aéreas.
“A rigor, a grande maioria dos ministérios que foram criados só começou a funcionar de fato nas últimas semanas. Até organizar, ajustar orçamento, vai tempo. Uma coisa importante, inteligente, é que, se alguém cuida de uma área específica, esse alguém cuida melhor”.
Alckmin ainda confirmou que age nos bastidores para atrair a base de oposição a Lula. Para isso, o presidente em exercício conta com a ajuda de Ricardo Barros (Progressistas-PR), que foi líder de governo de Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional até o fim do ano passado.
"A briga política não tem a ver com interesse público. O presidente Lula sempre destaca que é preciso em qualquer viagem, para qualquer estado, avisar governador e prefeito. Isso, independentemente do partido. Não interessa. Acabou a eleição. Temos que trabalhar", ressaltou.