O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), afastou a possibilidade de reforma ministerial nas próximas semanas no Palácio do Planalto. Para Alckmin, a crise envolvendo a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, não impacta os trabalhos no Palácio do Planalto.
Alckmin reafirmou que a atribuição de mudanças em ministérios é de responsabilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele, porém, negou qualquer conversa sobre o assunto.
"Não tem nenhuma história de reforma ministerial", afirmou aos jornalistas.
Daniela pediu desfiliação do União Brasil após um racha no partido no Rio de Janeiro. O presidente do UB, Luciano Bivar, tirou o marido da ministra, Wagner Carneiro, do comando da legenda no Rio de Janeiro após disputas por cargos no governo de Claudio Castro (PL).
A crise provou o pedido de desfiliação de, ao menos, sete parlamentares. Marcos Soares, Chiquinho Brazão, Juninho do Pneu e Dani Cunha encabeçam a lista. Daniela Carneiro e Ricardo Abrão também pedem para deixar a legenda.
Daniela consultou o Planalto sobre a possibilidade de deixar o Ministério do Turismo caso se desfiliasse do União Brasil. Ela teria recebido o aval de Lula de que se manteria no cargo após a saída da legenda.
A decisão causou reboliço nos bastidores do Congresso. Bivar disse que Daniela é indicação do partido e reivindica a indicação para outro nome no Ministério do Turismo. Lula, em viagem à China, ainda não conversou com Bivar sobre, mas há relatos sobre a resistência do petista sobre o tema pela gratidão ao apoio de Waguinho na Baixada Fluminense durante as eleições de 2022.