Deputada Coronel Fernanda entra na mira do STF por ataques em Brasília

Investigação foi autorizada por Alexandre de Moraes após PF suspeitar que parlamentar teria organizado caravanas para Brasília

Deputada Coronel Fernanda teria organizado caravanas para Brasília, segundo STF
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Deputada Coronel Fernanda teria organizado caravanas para Brasília, segundo STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou, nesta quarta-feira (29), a abertura de um inquérito contra a deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT) por suspeita de participação nos ataques aos Três Poderes no dia 8 de janeiro. A investigação atende um pedido da Polícia Federal.

Segundo a investigação da PF, a parlamentar teria sido responsável pela organização de caravanas de bolsonaristas do Mato Grosso para a capital federal. De acordo com o UOL, o inquérito contra a deputada tem como base um depoimento de Gizela Cristina Bohrer, de 60 anos, presa no dia dos ataques.

A aposentada afirmou à polícia que Coronel Fernanda foi a responsável para organização do transporte com outros dois políticos. No depoimento, Gizela disse que a caravana seria apenas em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e negou ter participado de ataques antidemocráticos.

O iG tentou contato com o gabinete da parlamentar, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.

Coronel Fernanda é a quinta parlamentar a ser investigada por participar dos ataques em Brasília. Além dela, Silvia Waiãpi (PL-AP), Clarissa Tércio (Progressistas-PE), Gilberto Silva (PL-PB) e André Fernandes (PL-CE) também são alvos de inquérito no Suprema Corte. Todos negam as acusações.

Fernandes e Silva são investigados por instigarem ou serem agentes intelectuais dos ataques antidemocráticos. Já Silvia e Clarissa são investigadas por declarações de incentivo aos golpistas.