Em 2019, durante uma viagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a Doha, no Catar, e a Riade, na Arábia Saudita, o político recebeu um presente dos sauditas, que ficou com ele mesmo após ter deixado a presidência da República. Dessa vez, uma caixa com um relógio Rolex , uma caneta Chopard , abotoaduras, anel e uma espécie de rosário árabe. O conjunto, de ouro branco e diamantes, é avaliado em mais de R$ 500 mil. As informações são do jornal O Estado de São Paulo .
Segundo a reportagem, os presentes teriam sido recebidos, em mãos, pelo próprio Bolsonaro do regime da Arábia Saudita, após almoço com o rei Salman Bin Abdulaziz Al Saud. Diferente do caso das joias avaliadas em mais de R$ 16,5 milhões, que foram retidas pela Receita Federal por questões legais, e do outro pacote que veio na bagagem da comitiva que foi ao Oriente Médio em outubro de 2021.
Após receber as joias, Bolsonaro chegou a pedir que esses itens fossem armazenados dentro de uma caixa de madeira clara, com o símbolo verde do brasão de armas da Arábia Saudita e que fossem guardados no acervo privado da Presidência. De acordo com as informações obtidas pelo jornal, há uma confirmação disso no dia 8 de novembro de 2019, feita pelo Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência.
Os documentos apontam que não houve intermediário no trâmite de entrada do presente em terras brasileiras e que o presidente teve contato com a caixa. Após 6 de junho de 2022, um novo formulário foi preenchido para que os presentes fossem “encaminhados ao gabinete do presidente Jair Bolsonaro”
, o que aconteceu em 8 de junho daquele ano.
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