A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo ( SSP ) investiga a suspeita do envolvimento de policiais civis e militares do estado no caso da facção criminosa que pretendia atacar o senador Sergio Moro (União Brasil) e outras autoridades .
A apuração da SSP investiga se os agentes vazaram dados do Sistema Detecta , uma ferramenta implantada pelo Governo do Estado em 2014, usada para a fiscalização do trânsito, mas também é utilizada para a localização e prisão de criminosos. As informações são do Blog da Andréia Sadi, do G1.
O Detecta conta com mais de 3 mil câmeras e está integrado aos bancos de dados das polícias civil e militar. Segundo o relatório da Operação Sequaz , a facção criminosa também utilizava esse sistema para conseguir informações das forças de segurança pública.
Em fevereiro deste ano, houve uma troca de mensagens interceptada pelos investigadores da Polícia Federal . Um dos integrantes da quadrilha diz:
"Parceiro. boa noite, tranquilo?"
Depois de mandar a foto da placa de um carro, ele pede mais detalhes sobre o deslocamento do veículo, em um período específico e pede que a consulta seja feita pelo Sistema Detecta:
"Consegue dar uma força pra mim, pra vê (sic!) lá no Detecta, lá?"
Minutos depois, o cadastro completo foi enviado para a quadrilha, como nome do proprietário, número do chassi e onde o carro foi emplacado.
O veículo em questão era uma viatura da Polícia Civil de São Paulo, usada em ações de inteligência.
Segundo a SSP, se confirmado o envolvimento de algum policial, "o responsável será levado à Justiça, onde será responsabilizado". A cúpula da Polícia de São Paulo determinou sigilo total do caso e investigação rigorosa.
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