O presidente do Senado , Rodrigo Pacheco (PSD-MG), prestou solidariedade para Sergio Moro (União Brasil-PR) e que tomou medidas pela segurança do senador, já que é o responsável pela Casa. O posicionamento dele aconteceu após a operação que prendeu criminosos que arquitetavam atentados contra o ex-ministro da Justiça e outras autoridades.
"Desde há algum tempo, eu, pessoalmente, estava cuidando dessa questão para que o Senado pudesse garantir tudo que fosse possível para a segurança do senador Sérgio Moro", relatou Pacheco em entrevista coletiva feita nesta quarta-feira (22).
Nesta manhã, uma operação da Polícia Federal mira um grupo criminoso que planejava ataques contra servidores públicos e autoridades. O ex-ministro da Justiça do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) era um dos alvos.
Entre as ações planejadas pelo grupo criminoso, os suspeitos pretendiam inclusive matar e sequestrar autoridades, segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino. Segundo o chefe da pasta, entre as possíveis vítimas estavam um senador e um promotor de Justiça.
Conforme a PF, os ataques eram planejados em cinco unidades da federação: Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
No total, são cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária contra suspeitos situados em Rondônia, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.
Moro promete projeto
O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) prometeu que vai apresentar um projeto que criminaliza pessoas que planejarem atentados contra autoridades públicas.
Logo pela manhã, Moro postou um texto dizendo que era um dos alvos do grupo e agradeceu o trabalho feito pela PF. O parlamentar revelou que soube no final de janeiro o plano do PCC para seqüestrar ele e membros da sua família. "Nós cortamos toda a ligação deles com o mundo externo que não fosse monitorada", comentou.
Opositor de Lula (PT), Moro aproveitou a entrevista para alfinetar o atual governo petista. Ele desaprovou o relançamento do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci II), responsável por ações de prevenção, controle e repressão da criminalidade, priorizando grupos sociais e territórios mais vulneráveis.
"Faria melhor o governo, com todo o respeito, se investisse esses recursos – claro que tem que investir também em política social –, mas se investisse esses recursos em tecnologia, equipamento e estratégias contra o crime organizado e a criminalidade violenta", argumentou.
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