O corregedor da Receita Federal, João José Tafner , foi exonerado nesta quinta-feira (9) após pedir demissão. A portaria foi assinada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad e publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União (DOU).
Tafner disse que foi pressionado para arquivar um processo disciplinar contra o então chefe da inteligência da Receita, Ricardo Feitosa, acusado de quebrar os sigilos fiscais de desafetos da família Bolsonaro.
A pressão surgiu de dois ex-funcionários da Receita que ocupavam cargos da cúpula do órgão durante a gestão do ex-mandatário, segundo João José Tafner.
Ele foi nomeado corregedor da Receita Federal em fevereiro de 2022 com a aprovação do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), investigado em esquema de rachadinha .
Flávio tinha o interesse nas quebras de sigilo por ser alvo do ex-procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, por suspeita de desvio de verba de funcionário) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
O agora ex-corregedor é próximo dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) . Nas redes sociais, Tafner tem uma foto utilizando a camisa brasileira de futebol junto ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
A Receita emitiu uma nota afirmando que, em 3 de janeiro, recebeu "relato de fatos e eventos que podem, em tese, configurar ilícito a ser devidamente apurado".
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