A primeira-dama Janja Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (8) que sofre mais com mentiras e ameças do que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) . A esposa do petista fez a declaração durante a cerimônia no Senado para receber o diploma Bertha Lutz.
“Tenho sido o principal alvo de mentiras, ataque à honra e ameaça nas redes sociais. Até mais que o presidente da República”, disse Janja no Senado.
"Sei que muitas de vocês também passam por isso, pela mesma e terrível experiência de ver seu nome, seu corpo e sua vida exposta de uma forma mentirosa. Por isso, é muito importante o aumento da representação feminina, principalmente no Congresso, para que mais mulheres estejam aqui neste lugar e construamos juntas o caminho de um Brasil mais solitário e fraterno”, acrescentou a primeira-dama.
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, e Janja receberam a premiação que agracia mulheres e homens que contribuem na defesa dos direitos da mulher e questões de gênero no Brasil.
“Sendo a participação feminina um pressuposto para a pacificação da sociedade, é necessário termos mais mulheres influenciando o processo de tomada de decisões. É necessário assegurar o feminismo no debate político”, declarou Rodrigo Pacheco, presidente do Senado.
Mulheres na política
A participação feminina na política ainda é minoria . Nos poderes Executivo e Legislativo houve um pequeno crescimento após as eleições de 2022, mas apenas 11 dos 37 ministérios são chefiados por mulheres .
Na Câmara dos Deputados, o número de mulheres eleitas aumentou de 77 para 91 neste ano, correspondendo a 18% do total de 513 cadeiras na Casa. No Senado, há 15 senadoras, que representam 19% do total de 81 cadeiras.
No Supremo Tribunal Federal, a situação não é diferente. Dos 11 ministros, apenas duas são mulheres. Rosa Weber, atual presidente do STF e Cármen Lúcia, que está na Corte há 17 anos.
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