Roberto Jefferson: defesa pede que não haja julgamento por homicídio

O ex-deputado disparou três granadas e atirou 60 vezes contra os policiais

Roberto Jefferson (PTB) sendo preso pela PF
Foto: Reprodução / TV Globo - 23.10.2022
Roberto Jefferson (PTB) sendo preso pela PF

Os advogados de Roberto Jefferson, ex-presidente do PTB , pede que ele seja julgado por lesão corporal leve e não por tentativa de homicídio contra agentes da Polícia Federal

O ex-deputado foi preso em outubro do ano passado após oferecer resistência armada ao cumprimento do mandado de prisão decretado por Moraes . O mandado foi expedido depois que o ex-parlamentar publicou um vídeo na internet no qual ofendeu a ministra Cármen Lúcia com palavras de baixo calão.

Roberto Jefferson disparou três granadas e atirou 60 vezes contra os policiais . Segundo a defesa, os lançamentos não tiveram intenção de matar.

A Polícia Federal informou que dois agentes ficaram feridos na operação "por estilhaços de granada arremessados pelo alvo". Antes, o ex-parlamentar estava em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.

Após a prisão, a defesa alegou problemas de saúde e tentou transferir Jefferson do presídio de Bangú 8, no Rio de Janeiro, para um hospital, mas o pedido também foi rejeitado. 

“Os laudos estão em total consonância com o interrogatório prestado pelo ora defendente em sede policial, que da mesma forma relata que jamais teve a intenção de ferir as vítimas, quanto mais ceifar suas vidas. Ressalta-se que as lesões corporais sofridas pelas vítimas foram de natureza leve, não causando perigo de vida”, diz a defesa do ex-deputado.

Os advogados dizem ainda que o STF não teria competência para julgar Jefferson e, por isso, a ordem de prisão que estava sendo cumprida em outubro seria ilegal. 

“É absolutamente inacreditável o que está ocorrendo em face do sr. Roberto Jefferson mediante a atuação completamente ilegal do ministro Alexandre de Moraes. […] A atual situação do defendente, devido à centralização arbitrária e ilegal do ministro Alexandre de Moraes de todas as apreciações de prisão e medidas cautelares em face do mesmo, criou uma situação absolutamente sem precedentes no ordenamento jurídico brasileiro”, diz a defesa.


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