Chico Rodrigues é o presidente da comissão que acompanhará a saída dos garimpeiros das Terras Yanomami
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Chico Rodrigues é o presidente da comissão que acompanhará a saída dos garimpeiros das Terras Yanomami


A Comissão Temporária Externa para acompanhar a situação dos yanomami no Senado será presidida pelo senador Chico Rodrigues (PSB-RR). Ele foi eleito para o cargo de presidente na última quarta-feira (15). O parlamentar ganhou projeção nacional depois de ser flagrado com mais de R$ 30 mil na cueca no fim de 2020.

Os senadores Dr. Hiran (PP-RR), Mecias de Jesus (Republicanos-RR), Elizane Gama (PSD-MA) e Humberto Costa (PT-PE) também farão parte da comissão. O grupo acompanhará a saída dos garimpeiros das terras Yanomami pelos próximos 120 dias.

A Terra Yanomami vive uma grave crise humanitária e sanitária, porque dezenas de adultos, crianças e bebês passam por Grace desnutrição e malária. Todos esses problemas estão sendo ocasionados por causa do garimpo ilegal.

Chico participou de uma apuração de violência contra indígenas praticadas por garimpeiros na Terra Yanomami. Durante os trabalhos feitos no ano passado, o senador assumiu que era favorável ao garimpo e que apoiava a legalização da atividade em terras indígenas.

Atualmente no PSB, Rodrigues já trocou de partido 12 vezes de 1987 para cá. No ano passado, ele estava no União Brasil. Filiou-se para sua nova legenda depois que o vice-presidente Geraldo Alckmin se transferiu para o Partido Socialista Brasileiro.

Quem é Chico Rodrigues

Nascido em Recife, Francisco de Assis Rodrigues tem 71 anos. Ele é casado e tem três filhos. Formado em engenharia agrônoma pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, ele possui especialização em políticas públicas pela Universidade Católica de Pernambuco e desenvolvimento rural e urbano.

Apesar de ser pernambucano, Chico fez sua carreira política em Roraima a partir do início dos anos de 1980. Ele foi vereador por Boa Vista, deputado federal por cinco mandatos, eleito vice-governador de Roraima, inclusive assumindo o governo estadual em 2014, quando o governador Anchieta se licenciou do cargo, e conseguiu se tornar senador em 2018.

Ele ficou conhecido nacionalmente em 2020, quando foi flagrado pela Polícia Federal com R$ 33 mil na cueca. Os valores foram encontrados depois que a PF cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa do senador durante apuração de um suposto esquema de desvio de verba pública para o combate à Covid no estado de Roraima.  O parlamentar negou a irregularidade e disse que as notas seriam usadas para pagar funcionários.

Na ocasião, ele era vice-líder do governo Jair Bolsonaro no Senado. O parlamentar deixou o cargo logo após a repercussão do episódio e pediu afastamento, retornando para o Congresso em 2021. O processo tramita sob sigilo.


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