O senador Rogério Marinho (PL-RN) ganhou nesta terça-feira (31) apoios importantes na corrida pela presidência do Senado. Candidato bolsonarista na disputa, Marinho deve ter votos de Sérgio Moro (União Brasil-PR) e de senadores do PSDB e PSD.
Em suas redes sociais, Moro anunciou apoio a Rogério Marinho e disse ser necessária uma oposição firme ao governo de Lula. Ele ressaltou que o voto em Marinho é um pedido de seus eleitores.
“Apoiarei Rogério Marinho para a Presidência do Senado. Nada contra o Senador Rodrigo Pacheco. Meu voto será a favor da oposição firme ao Governo do PT. Sou contra radicalismos e a favor de uma alternativa democrática para o país, com economia liberal, políticas sociais e o combate à corrupção”, disse.
Além de Moro, dois parlamentares do PSDB também devem votar em Marinho. Os senadores Izalci Lulas (DF) e Alessandro Vieira (SE) já confirmaram os votos no ex-ministro. Já Plínio Valério (AM) quer votar em Eduardo Girão (Podemos-CE), outro candidato que corre por fora da disputa.
Traições no PSD
Rogério Marinho ainda deve contar com três votos de senadores do PSD, partido de Rodrigo Pacheco. Nelsinho Trad (MS), Lucas Barreto (AP) e Samuel Araújo (RO) anunciaram apoio à candidatura de Marinho.
Além deles, a senadora Ivete da Silveira (MDB-SC) também votará no ex-ministro de Bolsonaro.
Com isso, Rogério Marinho conta com 30 votos para na disputa pela presidência do Congresso Nacional e do Senado. Entretanto, ainda está atrás de Rodrigo Pacheco, que deve ter 50 votos e ser reeleito em primeiro turno.
O candidato do PL, porém, ainda articula votos e cargos em comissões e na Mesa Diretora para reverter o cenário e levar a disputa para o segundo turno. Internamente, aliados de Marinho acreditam que a interferência de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) na eleição de Pacheco vai favorecer a base bolsonarista.
Apoios de Pacheco
Atual presidente do Senado e candidato à reeleição, Rodrigo Pacheco conta com apoio de membros do seu partido, o PSD, que conta com a maior bancada da Casa. Sem os três parlamentares citados acima, Pacheco contará com 13 votos da legenda.
O chefe do Congresso ainda terá apoio do PT (9 senadores), PDT (3 senadores), Rede (1 senador) e PSB (1 senador). Nesta terça, Rodrigo Pacheco ganhou apoio do MDB, que conta com dez senadores, mas apenas nove devem votar nele.
Pacheco e Marinho ainda articulam votos do União Brasil, que contam com outros dez senadores. O candidato à reeleição deve ter a preferência do partido oficialmente, mas o ex-ministro de Bolsonaro aposta na boa relação com os parlamentares para tirar votos do adversário.