Presidente do PL, Valdemar Costa Neto
Reprodução/ Twitter
Presidente do PL, Valdemar Costa Neto

O senador Fabiano Contarato (PT) pediu ao Supremo Tribunal Federal ( STF ) que investigue o  presidente do PL, Valdemar Costa Neto , sobre a circulação de  minutas golpistas entre integrantes do governo ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) .

O senador pede ainda que a  Polícia Federal intime o depoimento de Valdemar Costa Neto com urgência. O parlamentar cita a possibilidade da prática de crime por “destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor”.

Em entrevista ao Globo, Valdemar da Costa Neto afirmou, na última sexta-feira (27) que havia propostas de decreto golpista 'na casa de todo mundo'

"Um dia eu falei: “Tudo que temos que fazer tem que ser dentro da lei.” Ele falou: “Tem que ser dentro das quatro linhas da Constituição”. Nunca comentei, mas recebi várias propostas, que vinham pelos Correios, que recebi em evento político. Tinha gente que colocava (o papel) no meu bolso, dizendo que era como tirar o Lula do governo. Advogados me mandavam como fazer utilizando o artigo 142, mas tudo fora da lei. Tive o cuidado de triturar. Vi que não tinha condições, e o Bolsonaro não quis fazer nada fora da lei. A pressão em cima dele foi uma barbaridade. Como o pessoal acha que ele é muito valente, meio alterado, meio louco, achava que ele podia dar o golpe. Ele não fez isso porque não viu maneira de fazer. Agora, vão prendê-lo por causa disso? Aquela proposta que tinha na casa do ministro da Justiça, isso tinha na casa de todo mundo. Muita gente chegou para mim agora e falou: “Pô, você sabe que eu tinha um papel parecido com aquele lá em casa. Imagina se pegam", disse o líder do PL ao ser questionado sobre se a minuta foi tratada com Bolsonaro.

Costa Neto disse ainda que as minutas circulavam dentro do governo.

"Direto. Teve advogada que veio conversar comigo dizendo que tinha uma saída. Eu dizia: “Põe no papel e manda para cá”. E eu não dava bola, porque eu sabia que não tinha. E o Bolsonaro não fez. O pessoal queria que ele fizesse errado", defendeu o presidente do Partido Liberal.

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