A Polícia Federal
prendeu em Varginha (MG) o homem que pegou a réplica da Constituição Federal de 1988 do Supremo Tribunal Federal
durante o ato terrorista que ocorreu em Brasília em 8 de janeiro. O bolsonarista Marcelo Fernandes Lima
, de 50 anos, tinha entregue a réplica à PF no dia 12.
Ele foi liberado após prestar depoimento feito durante a devolução da réplica, mas passou a ser investigado. A justiça determinou a prisão e o designer se entregou na sede da PF em Varginha no começo da tarde de hoje.
Em seu depoimento, Marcelo afirmou que pegou o livro das mãos de outras pessoas para que não houvesse destruição.
Marcelo foi visto nas imagens com a réplica nas mãos na Praça dos Três Poderes. Ele alegou que viu vários objetos e vidros quebrados, quando três pessoas passaram ao seu lado com o livro nas mãos.
O homem relatou que a intenção do trio era rasgar a réplica com o apoio dos outros golpistas. Por conta disso, ele decidiu tomar o livro deles, porque considerou absurda a ideia de destruir o documento.
"Eles gritavam: 'Vamos rasgar, vamos rasgar'. Que o declarante percebeu que se tratava de um exemplar da Constituição Federal e, como nunca teve qualquer intenção de depredar coisa nenhuma, achou aquilo um absurdo e tomou o livro das mãos daquelas pessoas, para que não fosse destruído", falou no depoimento.
O designer também afirmou que não participou do ato de terrorismo.
Marcelo vive em São Lourenço, Minas Gerais, e falou aos policiais que não sabia o que fazer com o livro durante o tumulto. Por isso resolveu levar embora para que o documento não fosse destruído.
Livro foi entregue ao STF
O livro foi entregue ao Supremo Tribunal Federal e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, comemorou o retorno da Constituição Federal para o prédio da Corte.
“A Constituição que os terroristas roubaram no STF foi apreendida e recuperada. Viva a Constituição! Ela venceu e sempre vencerá", escreveu no seu perfil no Twitter.
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