Chefe do Batalhão da Guarda Presidencial pode ser punido, diz Múcio

De acordo com ministro da Defesa, Paulo Jorge Fernandes da Hora pode ser punido caso seja comprovada sua omissão para conter invasão de golpistas no Planalto

Múcio diz que chefe do Batalhão da Guarda Presidencial será punido caso seja provada omissão para conter invasão de golpistas no Planalto
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil - 26/06/2019
Múcio diz que chefe do Batalhão da Guarda Presidencial será punido caso seja provada omissão para conter invasão de golpistas no Planalto

O ministro da Defesa , José Múcio Monteiro, disse que o comandante do Batalhão da Guarda Presidencial do Exército , coronel Paulo Jorge Fernandes da Hora , pode ser punido pelo Exército caso seja comprovada a sua omissão para conter a invasão de golpistas no Planalto no dia 8 de janeiro.

Hora aparece, em um vídeo gravado no interior do palácio, discutindo com agentes da tropa de choque da PM-DF - enquanto os golpistas destruíam as sedes dos Três Poderes.

"Esse próprio vídeo eu entreguei, porque mandaram para mim, e está sendo investigado. Se for provado, por que uns dizem que ele estava reclamando de procedimento, outros dizem que ele era culpado. A minha preocupação, e a do presidente também, é que nós não partamos para punir quem não merece, mas punir quem merece. Se for provado, ele será condenado", diz o ministro.

Múcio adiciona, porém, que é preciso evitar condenações precipitadas.

Segundo o ministro, o principal erro foi ter permitido que os ônibus dos manifestantes golpistas chegassem em frente ao Quartel-General na véspera dos atos. Na época, o Exército já estava sob comando do general Júlio César Arruda, demitido no sábado após desconfiança de Lula. Em seu lugar foi nomeado o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva.

"Se você perguntar qual foi o erro, foi permitir que as pessoas que vieram nos 130 ônibus para Brasília pudessem entrar no acampamento. Se ficasse do lado de fora, se tivesse ficado numa praça qualquer, o problema é da polícia do GDF. Como entrou no território do Exército, parece que aqueles 200 se multiplicaram e viraram 5 mil", diz o ministro.

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