O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que o problema dos venezuelanos seja resolvido. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (23) na Casa Rosada
, ao lado de Alberto Fernández
, presidente da Argentina
, o petista evidenciou que é contra a ingerência na Venezuela
.
“Eu vejo muita gente pedindo compreensão ao Maduro, mas esquecem que fizeram uma coisa abominável para a democracia que foi reconhecer um presidente não eleito, que foi o [Juan] Guaidó. Esse cidadão exerceu o papel de presidente sem ser presidente. Até as reservas em ouro depositadas em banco inglês, foi a esse cara dada a garantia do recebimento. Então me pergunto: quem está errado?”, indagou.
“A gente tinha que ter na cabeça algo muito claro que os desejos dos seus povos devem ser respeitados em qualquer país. Da mesma forma que sou contra a ocupação territorial que a Rússia fez na Ucrânia, eu sou contra de muitas ingerências na Venezuela”, acrescentou.
Lula destacou que criou o Grupo de Amigos da Venezuela para resolver os problemas diplomáticos do país da América do Sul. Ele afirmou que o grupo foi um sucesso e normalizou a situação da nação vizinha ao Brasil. O presidente brasileiro quer repetir a dose em seu terceiro mandato.
“Para resolver o problema da Venezuela, vamos ter que ter muito diálogo e não bloqueio. Para resolver o problema da Venezuela, vamos ter que ter muita conversa e não ocupação. A gente vai resolver o problema da Venezuela com diálogo e não com ofensas”, comentou.
Lula diz que Brasil terá relações diplomáticas com a Venezuela
O presidente Lula lamentou não poder encontrar Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, nesta segunda. Porém, ressaltou que o Brasil voltará a ter relação diplomática com os venezuelanos.
“O Brasil vai voltar a ter relações diplomáticas com a Venezuela. Nós queremos que a Venezuela tenha embaixada no Brasil e o Brasil tenha embaixada na Venezuela para restabelecer a relação autônoma entre os dois países. Todas às vezes que for preciso fazer uma crítica a um companheiro, ao invés de criticar, prefiro dar um conselho. Já fizemos isso uma vez e faremos de novo. A Venezuela será tratada bem como todos os outros países querem também. Eu defendo a soberania do Brasil e defendo dos outros povos também”, concluiu.
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